O amor que tanto procuramos está onde menos imaginamos e com certeza onde menos cuidamos, no nosso eu, nos nossos sentimentos. Insisto que só sabemos o que amar, quando amamos nós mesmos acima de tudo, como pode valorizar algo ou alguém, se você nem sabe o que é isto e o que pode causar, se você não se ama e não se valoriza?
Todos tem o péssimo hábito de tentar definir o amor! Porque? O que adianta definir o amor se você não se deixa sentir isto? Se você não se permite viver por ele!
O amor não se define, o amor se sente, ele sobrevive por contágio, você tem, você passa adiante. O que te prende a alguém não deve ser status, muito menos a beleza exterior dela, nada sobrevive apenas com estes pontos, o que te faz se sentir rodeada por pessoas é o que você é por dentro. Ninguém aguenta mais que meia hora do lado de uma pessoa mal humorada só porque ela é bonita, ninguém busca estar com alguém que não tem um pingo de educação e que vive a sua vida em função de reclamar, a não ser que seja seu chefe.
Não sinta medo de olhar pra si mesmo, comece fazendo um teste, sorria! E veja se alguém vai lhe mostrar a língua ao invés de outro sorriso!
O que atraí a atenção alheia é seu brilho, este deve ser cultivado apenas por você e por mais ninguém!
terça-feira, 29 de março de 2011
Abstrato
Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas. Divido-me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Criação de Miriam Dias
A proteção está dentro de nós...
Buscamos fora, a força, a paz, a alegria que temos dentro de nós e é onde vem incluso no pacote as desilusões, as tristezas e falta de amor a si!
Criação de Miriam Dias
domingo, 20 de março de 2011
Tempo Certo
De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
Paulo Coelho
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
Paulo Coelho
Sempre é preciso saber
quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela
mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria
e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos,
fechando portas,
terminando capítulos,
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo
que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões
que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude
será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos,
virando a folha,
seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo
no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará:
não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados
ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem
noite e dia
uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam
e o melhor que fazemos
é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante
(por mais doloroso que seja!)
destruir recordações,
mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível
é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço
para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando
nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional
e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando
e nada mais.
Não há nada mais perigoso
que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego
que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas
em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo
é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,
jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época
em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio,
pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela
mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria
e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos,
fechando portas,
terminando capítulos,
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo
que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões
que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude
será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos,
virando a folha,
seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo
no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará:
não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados
ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem
noite e dia
uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam
e o melhor que fazemos
é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante
(por mais doloroso que seja!)
destruir recordações,
mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível
é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço
para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando
nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional
e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando
e nada mais.
Não há nada mais perigoso
que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego
que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas
em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo
é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,
jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época
em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio,
pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Ame a si mesmo e observe
"Ame a si mesmo"...
O amor é o alimento da alma. Assim como a comida é para o corpo, o amor é para a alma. Sem comida o corpo enfraquece, sem amor a alma enfraquece.
O amor lhe faz rebelde, revolucionário. O amor lhe dá asas para voar alto. O amor lhe dá insight nas coisas, assim ninguém pode lhe enganar, lhe explorar, lhe oprimir.
O amor nada sabe de dever. Dever é um fardo, uma formalidade. Amor é uma alegria, um compartilhar; o amor é informal. O amante nunca sente que ele fez o bastante; o amante sempre acha que mais é possível. O amante nunca sente, ‘Eu favoreci o outro’. Pelo contrário, ele sente, ’Devido a que meu amor foi recebido, estou agradecido. O outro me favoreceu por receber meu presente, não o rejeitando’..
Um homem que ama a si mesmo respeita a si mesmo e um homem que ama e respeita a si próprio respeita os outros também, porque ele sabe, ‘Assim como eu sou, os outros também são. Assim como gosto do amor, respeito, dignidade, os outros também gostam’. Ele se torna cônscio de que não somos diferentes, no que diz respeito ao essencial, nós somos um. Estamos debaixo da mesma lei: Es dhammo sanantano
O homem que ama a si mesmo desfruta tanto do amor, se torna tão contente, que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Tem que alcançar! Se você vive o amor, você começa a compartilhá-lo. Você não pode continuar a amar a si mesmo para sempre porque uma coisa ficará absolutamente clara para você: que se amando uma pessoa, você mesmo, é um êxtase tão tremendo e tão belo, tanto mais êxtase está esperando por você se você começar a compartilhar seu amor com muitas pessoas!
Lentamente as ondulações começam a se expandir cada vez mais longe. Você ama outras pessoas; então você começa a amar os animais, os pássaros, as árvores, as pedras. Você pode preencher todo o universo com o seu amor. Um simples indivíduo é suficiente para encher todo o universo com amor, assim como um simples seixo pode encher todo o lago de ondulações – um pequeno seixo.
Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight.A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.
Se você odeia a si mesmo – como você faz, como foi dito a você para fazer, e você tem seguido isso religiosamente – se você odeia a si próprio, como é que você pode ficar consigo mesmo? A meditação não é outra coisa senão desfrutar de sua bela solitude e celebrar a si próprio. Eis o que é toda a meditação.
A meditação não é um relacionamento. O outro não é absolutamente necessário; somos suficientes para nós mesmos. Somos banhados em nossa própria glória, banhados em nossa própria luz. Estamos simplesmente alegres porque estamos vivos, porque somos.
O maior milagre do mundo é que você é e que eu sou. Ser é o maior milagre e a meditação abre as portas desse grande milagre. Mas só o homem que ama a si próprio pode meditar; do contrário você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para um rosto feio e quem quer penetrar num ser feio?
Quem quer se aprofundar na própria lama, na própria escuridão? Quem vai querer entrar no inferno que pensam que estão? Você quer manter essa coisa toda coberta com lindas flores e você vai querer sempre fugir de si mesmo.
Desse modo as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não podem ficar consigo mesmas; elas querem estar com os outros. As pessoas estão buscando qualquer tipo de companhia; se eles puderem evitar a companhia de si próprios qualquer coisa servirá
O amor começa com você mesmo, assim ele pode se espalhar. Ele vai se espalhando a sua própria maneira; você não precisa fazer nada para espalhá-lo.
Ame a si mesmo... Diz Buda. E então imediatamente ele acrescenta:... e observe. Isso é Meditação, esse é o nome de Buda para a meditação. Mas a primeira condição é amar a si mesmo, e então observe.
Sócrates diz: Conhece a ti mesmo, Buda diz: Ame a si mesmo. E Buda é muito mais verdadeiro porque a menos que você ame a si próprio você nunca conhecerá a si mesmo – conhecer só vem mais tarde, o amor prepara o terreno. Amar é a possibilidade de conhecer a si mesmo. O amor é a maneira certa de conhecer a si mesmo.
Ame a si mesmo e observe... hoje amanhã, sempre.
Crie energia ao redor de si mesmo. Ame seu corpo e ame sua mente. Ame todo seu mecanismo, todo seu organismo. Por amar significa: aceitar isso como isso é, não tente reprimir. Nós reprimimos somente quando odiamos alguma coisa, reprimimos somente quando somos contra alguma coisa. Não reprima porque se você reprimir como é que você vai observar?
Se você não for um amante de si mesmo você não será capaz de olhar nos seus próprios olhos, na sua própria face, na sua própria realidade.
Observar é meditação, o nome de Buda para a meditação. Observe, diz Buda. Ele diz: Esteja cônscio, alerta, não fique inconsciente. Não se comporte como que dormindo. Não continue funcionando como uma máquina, como um robô. É assim que as pessoas estão vivendo.
Observe – apenas observe. Buda não diz o que deve ser observado – tudo! Caminhando, observe o seu caminhar. Comendo, observe o seu comer. Tomando banho, observe a água, a água fria caindo sobre você, o toque da água, a frieza, o arrepio que dá na sua espinha – observe tudo, “hoje, amanhã, sempre”.
Quando você se torna mais alerta você começa a criar asas – então todo o céu lhe pertence. O homem é um encontro da terra com o céu, do corpo e da alma.
Osho, Extraído de: The Way of the Buddha: The Dhammapada
O amor lhe faz rebelde, revolucionário. O amor lhe dá asas para voar alto. O amor lhe dá insight nas coisas, assim ninguém pode lhe enganar, lhe explorar, lhe oprimir.
O amor nada sabe de dever. Dever é um fardo, uma formalidade. Amor é uma alegria, um compartilhar; o amor é informal. O amante nunca sente que ele fez o bastante; o amante sempre acha que mais é possível. O amante nunca sente, ‘Eu favoreci o outro’. Pelo contrário, ele sente, ’Devido a que meu amor foi recebido, estou agradecido. O outro me favoreceu por receber meu presente, não o rejeitando’..
Um homem que ama a si mesmo respeita a si mesmo e um homem que ama e respeita a si próprio respeita os outros também, porque ele sabe, ‘Assim como eu sou, os outros também são. Assim como gosto do amor, respeito, dignidade, os outros também gostam’. Ele se torna cônscio de que não somos diferentes, no que diz respeito ao essencial, nós somos um. Estamos debaixo da mesma lei: Es dhammo sanantano
O homem que ama a si mesmo desfruta tanto do amor, se torna tão contente, que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Tem que alcançar! Se você vive o amor, você começa a compartilhá-lo. Você não pode continuar a amar a si mesmo para sempre porque uma coisa ficará absolutamente clara para você: que se amando uma pessoa, você mesmo, é um êxtase tão tremendo e tão belo, tanto mais êxtase está esperando por você se você começar a compartilhar seu amor com muitas pessoas!
Lentamente as ondulações começam a se expandir cada vez mais longe. Você ama outras pessoas; então você começa a amar os animais, os pássaros, as árvores, as pedras. Você pode preencher todo o universo com o seu amor. Um simples indivíduo é suficiente para encher todo o universo com amor, assim como um simples seixo pode encher todo o lago de ondulações – um pequeno seixo.
Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight.A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.
Se você odeia a si mesmo – como você faz, como foi dito a você para fazer, e você tem seguido isso religiosamente – se você odeia a si próprio, como é que você pode ficar consigo mesmo? A meditação não é outra coisa senão desfrutar de sua bela solitude e celebrar a si próprio. Eis o que é toda a meditação.
A meditação não é um relacionamento. O outro não é absolutamente necessário; somos suficientes para nós mesmos. Somos banhados em nossa própria glória, banhados em nossa própria luz. Estamos simplesmente alegres porque estamos vivos, porque somos.
O maior milagre do mundo é que você é e que eu sou. Ser é o maior milagre e a meditação abre as portas desse grande milagre. Mas só o homem que ama a si próprio pode meditar; do contrário você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para um rosto feio e quem quer penetrar num ser feio?
Quem quer se aprofundar na própria lama, na própria escuridão? Quem vai querer entrar no inferno que pensam que estão? Você quer manter essa coisa toda coberta com lindas flores e você vai querer sempre fugir de si mesmo.
Desse modo as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não podem ficar consigo mesmas; elas querem estar com os outros. As pessoas estão buscando qualquer tipo de companhia; se eles puderem evitar a companhia de si próprios qualquer coisa servirá
O amor começa com você mesmo, assim ele pode se espalhar. Ele vai se espalhando a sua própria maneira; você não precisa fazer nada para espalhá-lo.
Ame a si mesmo... Diz Buda. E então imediatamente ele acrescenta:... e observe. Isso é Meditação, esse é o nome de Buda para a meditação. Mas a primeira condição é amar a si mesmo, e então observe.
Sócrates diz: Conhece a ti mesmo, Buda diz: Ame a si mesmo. E Buda é muito mais verdadeiro porque a menos que você ame a si próprio você nunca conhecerá a si mesmo – conhecer só vem mais tarde, o amor prepara o terreno. Amar é a possibilidade de conhecer a si mesmo. O amor é a maneira certa de conhecer a si mesmo.
Ame a si mesmo e observe... hoje amanhã, sempre.
Crie energia ao redor de si mesmo. Ame seu corpo e ame sua mente. Ame todo seu mecanismo, todo seu organismo. Por amar significa: aceitar isso como isso é, não tente reprimir. Nós reprimimos somente quando odiamos alguma coisa, reprimimos somente quando somos contra alguma coisa. Não reprima porque se você reprimir como é que você vai observar?
Se você não for um amante de si mesmo você não será capaz de olhar nos seus próprios olhos, na sua própria face, na sua própria realidade.
Observar é meditação, o nome de Buda para a meditação. Observe, diz Buda. Ele diz: Esteja cônscio, alerta, não fique inconsciente. Não se comporte como que dormindo. Não continue funcionando como uma máquina, como um robô. É assim que as pessoas estão vivendo.
Observe – apenas observe. Buda não diz o que deve ser observado – tudo! Caminhando, observe o seu caminhar. Comendo, observe o seu comer. Tomando banho, observe a água, a água fria caindo sobre você, o toque da água, a frieza, o arrepio que dá na sua espinha – observe tudo, “hoje, amanhã, sempre”.
Quando você se torna mais alerta você começa a criar asas – então todo o céu lhe pertence. O homem é um encontro da terra com o céu, do corpo e da alma.
Osho, Extraído de: The Way of the Buddha: The Dhammapada
quarta-feira, 9 de março de 2011
pensar-se a si-mesmo: Relação destrutiva

Relação destrutiva
Fuja do relacionamento que fica exposto a formas perversas de ligação, onde não existe espaço para evolução, só disposição para abusos emocionais. Homens e mulheres destrutivos são aqueles que não se valorizam na relação.
Matéria de Francine Moreno sobre relações destrutivas.
Entrevista na integra
Francine Moreno - Como se resume um relacionamento perigoso?
Renato Dias Martino - Um relacionamento perigoso pode ser aquele, em que existe um contrato não verbal de dependência. Onde um impede o outro de crescer, porém, sem que isso seja percebido com nitidez.
Francine - Como reconhecer uma pessoa destrutiva?
Martino - Pessoas destrutivas não respeitam a si mesmo, nem o outro. Isso em muitos casos é claro e visível através do comportamento, não obstante, muitas vezes só se pode perceber certas características destrutivas por meio do convívio.
Francine - Diz o ditado que a mulher deve olhar como o homem trata a mãe dele para saber como será tratada. É verdade?
Martino - Pode ser um bom inicio para se conhecer o funcionamento vincular daquele da qual se esta se envolvendo, apesar disso, o vínculo estabelecido entre duas pessoas deve ser singular e independente das experiências anteriores. Penso que, só alguém que é capaz de reconhecer seus próprios limites conseguirá ser respeitada e amada como merece.
Francine - Devemos nos preocupar com os problemas que o parceiro (a) teve nos seus antigos relacionamentos?
Martino - A pré-ocupação é sempre perigosa. Aquele que se pré-ocupa com o passado ou com o futuro, pode ver-se impedido de ocupar-se do presente.
Francine - Mesmo mulheres e homens inteligentes e seguros não estão imunes a relações destrutivas? Por quê?
Martino – Se existe alguma imunidade ela só pode depender da maturidade emocional, isso equivale à capacidade de conhecer-se e respeitar-se a si mesmo. Isso é o que podemos chamar de sabedoria. Costumo dizer que a inteligência é saber do outro e a sabedoria é saber de si mesmo. Quem aprendeu respeitar-se a si mesmo não permitirá que outro o desrespeite.
Francine - Há homens e mulheres mais vulneráveis a relacionamentos perigosos?
Martino - Creio que a vulnerabilidade esteja relacionada à imaturidade emocional, onde os vínculos ainda são estabelecidos em modelos primitivos. Dessa forma o relacionamento fica exposto a formas perversas de ligação, onde não existe espaço para evolução ou crescimento, só á disposição para repetições.
Francine - E porque alguns sempre buscam esse tipo de relacionamento?
Martino – Talvez por que sejam mais cômodos. É justamente o comodismo o maior atrativo desse modelo de relacionamento. O medo de ser abandonado aliado a um sonho de viver um vínculo de dependência, como aquele em que se vive na primeira infância. Onde não se é responsável por si mesmo. Existe sempre um ganho, mesmo que inconsciente, nesse tipo de relação.
Francine - Há como se precaver destas relações destrutivas?
Martino – Sem duvida que sim. Para começar, a tarefa é propor-nos desfazer certa relação destrutiva com nós mesmos. Falo daquilo que chamamos de funcionamento autodestrutivo. É só através desse tipo de funcionamento que o outro encontra lugar para se instalar e ocupar um lugar nesse modelo de relacionamento. Na verdade, muitas vezes, no estudo de casos dessa espécie, o que se revela é que o sujeito destrutivo entra para dividir a culpa pela destruição que de alguma forma já ocorria.
Francine - Como diferenciar as preocupações legítimas de amigos e familiares das cismas e antipatias?
Martino – Antes que o outro (amigos e familiares) compreenda a forma perversa de relação, de certa forma, quem está vinculado já percebe. E na realidade, mesmo que o racionamento esteja aparentemente numa forma inadequada, sempre existe uma força inconsciente que insiste em manter a ligação perigosa. Assim, quando amigos e familiares tentam avisar, intrometendo-se na relação, podem estar interferindo em algo bem mais complexo do que imaginam.
Francine - Quando a relação é perigosa é destrutiva a única maneira é sair?
Martino – Sim, sempre!
Renato Dias Martino - Um relacionamento perigoso pode ser aquele, em que existe um contrato não verbal de dependência. Onde um impede o outro de crescer, porém, sem que isso seja percebido com nitidez.
Francine - Como reconhecer uma pessoa destrutiva?
Martino - Pessoas destrutivas não respeitam a si mesmo, nem o outro. Isso em muitos casos é claro e visível através do comportamento, não obstante, muitas vezes só se pode perceber certas características destrutivas por meio do convívio.
Francine - Diz o ditado que a mulher deve olhar como o homem trata a mãe dele para saber como será tratada. É verdade?
Martino - Pode ser um bom inicio para se conhecer o funcionamento vincular daquele da qual se esta se envolvendo, apesar disso, o vínculo estabelecido entre duas pessoas deve ser singular e independente das experiências anteriores. Penso que, só alguém que é capaz de reconhecer seus próprios limites conseguirá ser respeitada e amada como merece.
Francine - Devemos nos preocupar com os problemas que o parceiro (a) teve nos seus antigos relacionamentos?
Martino - A pré-ocupação é sempre perigosa. Aquele que se pré-ocupa com o passado ou com o futuro, pode ver-se impedido de ocupar-se do presente.
Francine - Mesmo mulheres e homens inteligentes e seguros não estão imunes a relações destrutivas? Por quê?
Martino – Se existe alguma imunidade ela só pode depender da maturidade emocional, isso equivale à capacidade de conhecer-se e respeitar-se a si mesmo. Isso é o que podemos chamar de sabedoria. Costumo dizer que a inteligência é saber do outro e a sabedoria é saber de si mesmo. Quem aprendeu respeitar-se a si mesmo não permitirá que outro o desrespeite.
Francine - Há homens e mulheres mais vulneráveis a relacionamentos perigosos?
Martino - Creio que a vulnerabilidade esteja relacionada à imaturidade emocional, onde os vínculos ainda são estabelecidos em modelos primitivos. Dessa forma o relacionamento fica exposto a formas perversas de ligação, onde não existe espaço para evolução ou crescimento, só á disposição para repetições.
Francine - E porque alguns sempre buscam esse tipo de relacionamento?
Martino – Talvez por que sejam mais cômodos. É justamente o comodismo o maior atrativo desse modelo de relacionamento. O medo de ser abandonado aliado a um sonho de viver um vínculo de dependência, como aquele em que se vive na primeira infância. Onde não se é responsável por si mesmo. Existe sempre um ganho, mesmo que inconsciente, nesse tipo de relação.
Francine - Há como se precaver destas relações destrutivas?
Martino – Sem duvida que sim. Para começar, a tarefa é propor-nos desfazer certa relação destrutiva com nós mesmos. Falo daquilo que chamamos de funcionamento autodestrutivo. É só através desse tipo de funcionamento que o outro encontra lugar para se instalar e ocupar um lugar nesse modelo de relacionamento. Na verdade, muitas vezes, no estudo de casos dessa espécie, o que se revela é que o sujeito destrutivo entra para dividir a culpa pela destruição que de alguma forma já ocorria.
Francine - Como diferenciar as preocupações legítimas de amigos e familiares das cismas e antipatias?
Martino – Antes que o outro (amigos e familiares) compreenda a forma perversa de relação, de certa forma, quem está vinculado já percebe. E na realidade, mesmo que o racionamento esteja aparentemente numa forma inadequada, sempre existe uma força inconsciente que insiste em manter a ligação perigosa. Assim, quando amigos e familiares tentam avisar, intrometendo-se na relação, podem estar interferindo em algo bem mais complexo do que imaginam.
Francine - Quando a relação é perigosa é destrutiva a única maneira é sair?
Martino – Sim, sempre!
Penso que, evoluir os modelos de relacionamento demanda sair do modelo antigo. Isso não implica necessariamente em romper com a pessoa que se esta ligada, mas sim, com o tipo de vínculo que se tem com ela. Contudo, existem casos onde o rompimento pode ser o único recurso para se preservar as partes.
Francine - Como podemos ajudar uma pessoa que está em relacionamento assim?
Martino – Só podemos ajudar aquele que pede ajuda. De outra forma nada pode ser feito. No caso do pedido efetuado, penso que a melhor forma é conduzi-lo a um profissional.
Francine - Como podemos ajudar uma pessoa que está em relacionamento assim?
Martino – Só podemos ajudar aquele que pede ajuda. De outra forma nada pode ser feito. No caso do pedido efetuado, penso que a melhor forma é conduzi-lo a um profissional.
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Link para a matéria, site do jornal.
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Comportamento/2385,,Relacao+destrutiva.aspx
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Comportamento/2385,,Relacao+destrutiva.aspx
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